O Instituto Cultural Brasil Estados Unidos (ICBEU), por meio da Maker School, realizou uma expedição educativa que levou tecnologia, criatividade e formação profissional para alunos e professores da Escola Municipal João Paulo II, no Puraquequara, zona rural de Manaus. A ação, desenvolvida em parceria com a Divisão Distrital Zona Rural (DDZ Rural/SEMED) e com apoio da Embaixada dos Estados Unidos, integrou oficinas de STEM education, agricultura, vocacional, comunicação em inglês, turismo e media & digital literacy, aproximando estudantes e educadores de ferramentas e conceitos essenciais para o século 21.
A iniciativa faz parte da STEM Expedition, programa que prevê uma série de expedições ao longo de 2026 com o objetivo de fortalecer competências em Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática, além de ampliar repertórios profissionais e digitais nas comunidades atendidas.
A programação também integrou o movimento global Hour of AI, dedicado a apresentar, de forma prática e inspiradora, os fundamentos da ciência da computação e o impacto da Inteligência Artificial no cotidiano.
Tecnologia que cria pontes
Durante a expedição, alunos do 1º ao 9º ano participaram de oficinas com ferramentas como micro:bit, OctoStudio e desafios de criação utilizando prompts de IA. As atividades envolveram programação básica, animações, respostas inteligentes e experimentos interativos que estimulam pensamento computacional, resolução de problemas e criatividade, sempre conectando a tecnologia ao contexto real da comunidade.

A professora Flaviana Lopes, responsável pela oficina ‘AI FarmTech com micro:bit’, classificou a experiência como “profundamente humana e inspiradora”. Para ela, a construção de pequenas farms e a programação de sensores de temperatura mostraram que inovação pode ser apresentada de forma simples e significativa.
“Ver cada equipe colaborando, testando ideias e celebrando pequenas conquistas foi especial. Muitos comentaram que imaginavam que programar seria muito mais difícil e saíram querendo aprender mais”, relatou a educadora. O encantamento dos alunos, segundo Flaviana, reforça o “por que ensinar vale tanto a pena”.
O professor Raphael Cavalcanti, que conduziu atividades de introdução à Inteligência Artificial, destacou a curiosidade dos estudantes ao entenderem como a IA é aplicada na agricultura e em profissões emergentes. “Foi um momento de interação proveitosa e enriquecedora, abrindo horizontes para futuros caminhos profissionais.”
Capacitação para quem forma
Além de atender os estudantes, a expedição promoveu uma oficina exclusiva para professores da escola, com foco em estratégias pedagógicas para acompanhar a evolução da IA e aplicar seus recursos no planejamento escolar. A formação ampliou o repertório tecnológico dos docentes e reforçou a importância do protagonismo do professor na mediação das tecnologias emergentes.

De acordo com o assessor de tecnologia da DDZ RURAL, professor Frank Tavares, os ganhos da STEM Expedition são inestimáveis para os alunos e toda a equipe pedagógica da escola.
“A parceria com o ICBEU tem trazido frutos significativos para as crianças das nossas escolas rurais. São caminhos de possibilidade, com acesso a tecnologia de ponta nas oficinas ofertadas pela Maker School. Este ano, o evento consolida algo maior: uma oportunidade real de integração entre saberes. É uma via de mão dupla, uma experiência valiosa em que há troca de conhecimentos, metodologias e expertises. Os ganhos são inestimáveis para nossos alunos e para nossa equipe pedagógica. Que venham as próximas expedições, porque elas ampliam horizontes e fortalecem a educação no campo.” afirma o professor.
Compromisso com o futuro
A Expedição encerrou-se com entusiasmo e a percepção de que iniciativas como esta ampliam oportunidades e fortalecem vínculos entre escola, comunidade e instituições parceiras. Maker School, SEMED e DDZ Rural seguem alinhadas para levar educação tecnológica a novos territórios.
As próximas etapas da STEM Expedition já estão em planejamento e prometem novas vivências, novos desafios e novas comunidades impactadas. A pergunta que fica é: qual será a próxima parada?
